“Ao contrário do que ocorre nos países de língua espanhola, o Quixote não é um texto que integra o currículo das escolas brasileiras e, desta forma, fica livre da leitura obrigatória, das múltiplas interpretações da obra e das eventuais análises morfológicas e sintáticas dos períodos cervantinos. É muito provável que grande parte dos leitores brasileiros chegue aos vinte anos sem ter tido jamais contato direto com a obra de Cervantes e sem maiores ideias sobre a história do cavaleiro, a não ser a do sonhador que quis transformar o mundo e que amou incondicionalmente sua dama inigualável, Dulcineia d’El Toboso.” (VIEIRA, 2012, p.12)